terça-feira, 18 de dezembro de 2018


MODELO DE RELATÓRIO DESCRITIVO
IDENTIFICAÇÃO
Nome do aluno:________________________________________________________________
Filiação:_____________________________________ ,_________________________________
Data de Nascimento: ____/_____/_________                          Série:  ____________________      
Tipo de deficiência: ______________________________
  Aspecto sócio-emocional
Em relação à socialização com seus pares a educanda consegue manter uma boa relação; demonstra gostar da escola, dos seus colegas e professora, xxxxxx é uma criança tímida e retraída, porém, seus colegas e demais funcionários da escola têm uma boa relação com a mesma. Em se tratando do comportamento, prefere na maioria das vezes ficar sozinha, apenas observando.  Demonstra ser uma criança alegre, prestativa e carinhosa, No intervalo fica calada, apenas observando seus pares. Quando está no acompanhamento, é comunicativa e gosta de cantar. Gosta de estar na companhia deles, porém, não brinca com os mesmos, preferindo só observá-los.
 Nos momentos de realização das atividades individuais e em grupo a criança só realiza as atividades e participa mediante a intervenção da professora. Manifesta  bons hábitos de higiene  e  utiliza expressões  de cortesia quando é estimulada.
Apresenta lentidão para realizar as tarefas, dispersasse com facilidade necessitando da ajuda da professora para concluí-las; principalmente as atividades que envolvem a escrita e pintura. Em algumas situações não concluiu o dever no tempo determinado, sendo necessária a intervenção para realizar as mesmas. Em alguns momentos faltou ter mais atenção com os materiais da sala de recurso multifuncional e se concentrar  durante as explicações das atividades.
  Aspectos psicomotores
 A educanda apresenta dificuldade na motricidade fina e ampla; porém, foi possível verificar que em relação à coordenação motora global, a mesma faz movimentos de arremessar e captar objetos; ainda não consegue pular corda, não tem noção de lateralidade (direita e esquerda, encima e embaixo, frente, traz, dentro, fora, em pé, sentado, agachado); orientação espaço-temporal (longe, perto, noite, dia, chovendo, ensolarado, nublado, ontem, hoje, conseguiu realizar com auxilio) etc. Na motricidade fina, faz uso da mão direita, segue com dificuldade os traçados e recorta também com dificuldade, devido à mesma ainda não ter desenvolvido força e apreensão; consegue realizar a atividade de encaixe e pareamento com auxilio faz movimento de rosca e de pinça com autonomia. Ainda não apresenta equilíbrio corporal acompanhando com insegurança e os movimentos sugeridos nos jogos. Participa  ativamente das brincadeiras propostas.

  Aspecto  cognitivo (aprendizagem)
            Apresenta atraso na linguagem; está no nível pré - silábico conforme Emilia Ferreiro. Identifica as letras (a, e, o, u, f, m e b), e os números (1 e 4). Em relação à atividade no computador (softwares) a aluna realiza com entusiasmo e no tempo estipulado; necessitando de ajuda para movimentar o mouse ao local solicitado.
Na expressão oral, a criança só expõe suas idéias mediante a solicitação da professora, ainda não consegue organizar essas informações de maneira correta para expor com coerência quando lhe é solicitado.
A educanda apresenta um quadro acentuado de desatenção e atraso no desenvolvimento cognitivo; nos jogos que envolvem raciocínio lógico a mesma apresenta dificuldade, necessitando de auxilio para realizá-los; como quebra-cabeça, jogo da memória, encaixe. Não relaciona os números a sua sequência numérica, não estabelece a relação entre número e quantidade; identifica algumas cores primárias e as nomeia.   Ainda não consegue nomear as formas geométricas, identificar os sons dos objetos do cotidiano.

  Trabalho realizado pela escola referente à dificuldade da criança
 Conversamos com a mãe sobre as dificuldades acima descritas e orientamos que buscasse atendimento com outros especialistas; uma equipe multidisciplinar, como fonoaudiólogo, fisioterapeuta e psicopedagogo, para que a aluna possa desenvolver melhor suas competências e habilidade, melhorando assim o processo ensino aprendizagem.  Foi sugerido à família que trabalhassem a questão da autonomia com a criança através do desenvolvimento de atividades que a propicie em momentos de exercício dessa habilidade e manter o diálogo, orientando e trabalhando limites.

  Aspectos relacionados ao acompanhamento familiar
           A criança tem apresentado um ótimo acompanhamento.
          A família e escola devem caminhar juntas para o desenvolvimento da criança.
  Recomendações a serem seguidas no próximo ano.
As dificuldades apresentadas por xxxxxx são notórias. Acredita-se que ao continuar freqüentando a sala de recurso multifuncional, exista a oportunidade de um atendimento mais focado nas dificuldades específicas da mesma, contribuindo assim para os avanços  na conquista de sua autonomia e aprendizagem. O trabalho com atividades diferenciadas e específicas nas seguintes áreas, por esses motivos não se pode reter a aluna mais um ano devido apresentar avanços significativos de acordo com suas possibilidades e assim no próximo ano.
Recomendamos que a mesma continue com atendimentos na sala de recursos e também com profissional de apoio para orientar em suas atividades de vida diária e também escolar.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018


ORIENTAÇÃO DE COMO ELABORAR RELATÓRIO INDIVIDUAL DO ALUNO.
relatório individual do aluno está entre as principais atribuições dos educadores, sobretudo aqueles que lecionam para o ensino infantil e fundamental. Nessas etapas, esse tipo de documento torna-se indispensável para que as partes envolvidas saibam como está o desenvolvimento de cada aluno nas atividades em sala de aula.
A escola, tanto a particular quanto a pública, conhecerá através do relatório escolar do aluno, quais os resultados do professor durante o semestre ou o ano letivo. O principal índice considerado é a evolução progressiva do estudante. e por isso o parecer surge como uma ferramenta muito válida.
Já os pais e responsáveis pelas crianças ou adolescentes, também terão acesso a esse relatório. Ele pode ser apresentado a eles durante a reunião de pais e mestres, realizada em uma periodicidade determinada por cada instituição. É uma maneira muito eficaz de mostrar a eles como os filhos, com dificuldades de aprendizagem ou não, estão indo em relação ao conteúdo e ao comportamento.
Tanto no ensino infantil quanto no fundamental, o parecer descritivo deve conter informações sobre estes aspectos:
1.    Cognitivos: coloque referências àquilo que foi passado em sala de aula e como o aluno em questão absorveu o aprendizado. Fale sobre as suas conquistas nas matérias ensinadas, as principais dificuldades, o que está sendo ensinado e quais serão as próximas lições - mostre um pouco de sua didática e do conteúdo programático para o período.
2.    Sociais: escreva sobre o comportamento do aluno em relação aos colegas e aos adultos envolvidos, como os educadores, coordenadores e demais funcionários da escola. Exponha no papel características de sua postura ao brincar, nas atividades em sala, nos passeios, na hora do lanche, entre outras ações cotidianas ou extras.
3.    Emocionais: esse é um aspecto importante a ser inserido, já que muitas crianças levam para a escola problemas provenientes da família, angústias e situações ocorridas com os colegas. Fique atento a momentos de ansiedade que ele possa ter, reações adversas em caso de frustrações, possível bullying, e demais pontos.
4.    Físicos: os professores, sobretudo os de ensino infantil, devem transpassar para o documento as evoluções psicomotoras das crianças. Entre a faixa etária de zero a 5 anos há inúmeras modificações quanto à parte física, como o início do caminhar, do correr, da firmeza ao pegar as coisas, comer e se limpar sozinho, amarrar os sapatos, enfim. Muitas características merecem ser escritas nesse caso, auxiliando pais a continuarem incentivando seus filhos em casa.
Precisamos explanar também sobre a valorização do relatório escolar do aluno na educação especial inclusiva. É indispensável que esse documento seja redigido no caso de alunos com dificuldades de aprendizagem - como discalculia, dislexia e TDAH, por exemplo - e também com deficiências físicas e/ou intelectuais. Exponha no parecer tudo o que possa ser pertinente para mostrar os ganhos significativos ao longo do semestre ou do ano, e também as dificuldades enfrentadas.
Segue abaixo, algumas sugestões que podem auxiliá-lo (a) para não errar ao abordar os pontos negativos do aluno:
Em relação a assimilação e fixação dos conteúdos:
O aluno é bom, porém tem necessidade de consultar o professor.
O aluno possui dificuldade, e dependente do professor, mas realiza as tarefas apesar de demorar para concluí-las.
Concentração e atenção às explicações em sala de aula:
O aluno participa somente quando é solicitado.
O aluno não participa da aula. Demonstra apatia.
O aluno não é participativo, conversa e atrapalha os demais.
Quanto ao relacionamento do aluno com os colegas:
Demonstra timidez. Gosta de se isolar dos demais.
Não gosta de ser contrariado.
Demonstra resistência em fazer trabalhos em equipe.
Quanto à disciplina:
O aluno conversa, porém acata as regras da sala.
O aluno é indisciplinado.
Quanto ao reforço:
O aluno necessita de reforço e comparece a todos.
O aluno necessita de reforço, mas não comparece.
O aluno comparece aos reforços, mas apresenta resistência em realizar as atividades propostas.
Quanto ao material usado em sala e lição de casa:
O aluno realiza a lição de casa sem capricho.
O aluno não realiza a lição de casa.
O aluno traz todos os materiais necessários.
O aluno esquece o material escolar.
Quanto à Leitura:
O aluno lê, mas não respeita os sinais de pontuação.
O aluno tem dificuldade na leitura das palavras.
O aluno não lê.
Em relação à assiduidade do aluno:
Falta muito, prejudicando no aprendizado.
Possui excesso de faltas, o que está relacionado ao seu baixo desempenho escolar.
Em relação a seus materiais:
Organiza com ajuda das professoras ou colega de classe.
Outras alternativas: 
O ALUNO NÃO SABE – o aluno não adquiriu os conceitos, está em fase de aprendizado, pois...
NÃO TEM  LIMITES – É indisciplinado ou não aceita regras.
É NERVOSO – ainda não desenvolveu habilidades para convívio no ambiente escolar, pois...
É AGRESSIVO – não gosta de ser contrariado ou advertido quando necessário.
É BAGUNCEIRO, RELAXADO E SEM HIGIENE – ainda não desenvolveu hábitos próprios de cuidado pessoal e de cuidado com seus pertences.
NÃO SABE NADA – aprendeu algumas noções, mas necessita desenvolver...
É LARGADO DA FAMÍLIA – Necessita de um maior acompanhamento familiar nas atividades escolares ou na sua vida escolar.
É DESOBEDIENTE – tem dificuldades em cumprir regras.
É APÁTICO, DISTRAÍDO – não procura participar das atividades propostas.
É PREGUIÇOSO – não procura realizar as atividades no tempo determinado para isso.
É DEPRIMIDO, ISOLADO, ANTI-SOCIAL – ainda não desenvolveu hábitos e atitudes próprias do convívio social.
É TAGARELA – Não costuma respeitar os momentos em que o grupo necessita de silêncio.
É EGOÍSTA – ainda não sabe dividir o espaço e os materiais de forma coletiva.
O QUE É IMPORTANTE ABORDAR NO RELATÓRIO?
• A avaliação deve sempre enfatizar os avanços e não apenas os fracassos. Registrar o que o aluno conseguiu e em quê progrediu;
• Valorizar e registrar o desenvolvimento sócio-afetivo como: participação, solidariedade, posicionamento, sentimentos;
• É preciso salientar a participação do aluno nos projetos desenvolvidos no semestre;
• Não deve repetir nada (com exceção do comportamento) em relação ao registro anterior afinal, os conteúdos avançaram;
• Personalizar a redação de um aluno para o outro, buscando ser fiel em suas colocações.
• Se o aluno precisar de reforço especifique o motivo e não apensa diga as disciplinas.
•  Procure descrever com riqueza de detalhes em cada campo do conhecimento.
 SUGESTÕES PARA INICIAR O RELATÓRIO:
• “Com base nos objetivos trabalhados no bimestre/semestre, foi possível observar que o aluno...”
• “Observando diariamente o desempenho do aluno, foi constatado que neste bimestre/semestre...”
• “A partir das atividades apresentadas, o aluno demonstrou habilidades/avanços em...”
• “Com base na observação diária, foi possível constatar que o aluno...”
Acreditamos que essas informações possam auxiliá-los (as) na produção de seus relatórios.


“(...) Por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a própria prática. (...) Quanto mais me assumo como estou sendo e percebo a ou as razões de ser de porque estou sendo assim, mais me torno capaz de mudar, de promover-me...” (Paulo Freire, p.39, 1996)


Bibliografia:

Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

Fonte auxiliar (com algumas modificações):